terça-feira, 15 de setembro de 2015

#DiárioDeUmaVeterinária - Obesidade em Animais Domésticos

A maioria das pessoas acham bonito um gatinho ou cachorrinho parecendo uma bolinha de tão gordinho que está. Se for filhote então, dá até vontade de agarrar e levar para casa. Porém já se foi o tempo que um animal gordo era sinal de animal sadio, pelo contrário, a obesidade em animais é um grande problema assim como ocorre nos humanos e deve ser tratada de forma séria e rápida para proporcionar o bem-estar dos nossos peludos.

O número de cães e gatos que vão às clínicas veterinárias devido a problemas ligados à obesidade (assim como nos humanos, animais obesos podem apresentar problemas cardiovasculares, artrite, hipertensão, problemas respiratórios, renais, hepáticos, câncer, etc), vem aumentando, situação que preocupa cada vez mais os médicos veterinários.

Podemos classificar a obesidade dos animais em grau 1 e 2. A obesidade de grau 1 é caracterizada pelo acúmulo de gordura que ocorre de forma fisiológica, pois o animal pode estar ingerindo alimentos impróprios para seu consumo como doces, salgadinhos ou qualquer outro alimento rico em carboidratos e gorduras, e pela falta de atividade física. São poucos os animais que tem o costume de se exercitarem. Já a obesidade de grau 2 é considerada patológica devido às disfunções hormonais e pode ocorrer devido à solidão, mudança de rotina do tutor do animal, além de estresse.
P.S.: A obesidade em gatos é um pouco diferente, ainda mais se seu felino é castrado. É a coisa mais normal o gato engordar após ser castrado, pois ao serem castrados eles param de produzir testosterona e ela que influencia o hábito do gato de sair a procura de outras gatas/gatos para cruzar, assim o felino se exercita, é ativo. Então quando castrado, ele acaba fazendo menos exercícios e comendo mais. Por isso é recomendável comprar a ração para gatos castrados!

Os 3 casos de obesidade não são fáceis de lidar, e como forma de tratamento inclui: Acompanhamento de um médico veterinário que irá buscar a causa do ganho de peso que o animal sofreu. Exercícios físicos como natação, caminhada, corrida e não pode faltar uma dieta balanceada feita por um médico veterinário, em que o animal irá ingerir os nutrientes necessários para manter sua energia sem aumentar seu excesso de peso. Se a causa da obesidade for devida algum estresse, mudanças de hábitos ou depressão, estes também devem ser trabalhados em prol do controle de peso do nosso animalzinho.
Mas o melhor que tratar um animal obeso é prevenir para que ele não chegue nessa situação. Para isso é aconselhável que você busque orientação do médico veterinário de sua confiança para saber qual a melhor alimentação para seu animal verificando a raça, idade e estado nutricional dele, e a quantidade que deve ser dada a ele nos determinados horários previstos. Estimular o animal a praticar exercícios físicos. Se você sabe que seu animal tem predisposição genética de engordar, tomar cuidado dobrado com a alimentação dele. Fêmeas possuem maior predisposição de engordar que machos, por isso, devemos ficar atentos na alimentação delas e também naqueles animais castrados, já que a cirurgia acaba mexendo um pouco com os hormônios do animal por um tempo.

A obesidade é um problema grave não só para os humanos, mas também para nossos animais, é responsabilidade de cada tutor cuidar para que seu animal viva feliz e saudável, sem o risco de se tornar mas um animal obeso! Agora, compare o estado corporal de seu animal com o quadro abaixo que demonstra o IMC dos animais segundo Hospital Sena Madureira e tire dúvida se seu peludo pode ou não ser ou estar se tornando um animal obeso.


                                                                                                                                       Gabriela.

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