quarta-feira, 19 de agosto de 2015

FILMES - Resenha Comparativa: Quarteto Fantástico 2005 x 2015



Olá, meus amores!! Tudo bem?
Primeiro de tudo quero pedir mil perdões pela falta de atualização aqui e no canal do YouTube. Com o fim das férias, eu voltei para a cidade em que eu faço faculdade, então teve mudança, volta à rotina, se adaptar novamente aos estudos, saber quais matérias eu tenho em qual dia para poder me organizar e me programar aqui e no canal, enfim... Mas agora estamos na ativa de novo e tudo voltará a ser atualizado toda semana.

No post de hoje, eu vou fazer uma resenha comparativa entre os dois filmes do Quarteto Fantástico: a versão de 2005 e o remake que acabou de sair. Eu queria ter feito esse post antes, mas a correria não me permitiu, porém de qualquer forma, cá estou eu para dar a minha opinião sobre os filmes.
Antes de começar, quero fazer algumas observações sobre o post: o post está beeem longo, então faz um lanchinho antes de sentar pra ler (rs); eu sei que o filme de 2005 não é o original original, porque foi feito um nos anos 90 que nunca foi lançado, mas no post eu descrevi esse filme como "original" para poder comparar melhor os dois filmes; esse post contém spoilers dos filmes, então se você não assistiu, tenha consciência disso quando for ler; eu fiz essa resenha focando mais na nova versão, porque a maioria já assistiu ou conhece o filme de 2005 e para poder dar mais detalhes do filme e fazer uma resenha bem completinha e que não ficasse tão longa (e olha que ainda assim ficou longa); desculpe-me desde já se alguma coisa ficar meio confusa porque eu fiz um paralelo dos dois ao mesmo tempo, então eu falava de um e na sequência comparava com o outro, depois retomava o que estava falando antes, portanto se você não prestar atenção, pode ficar meio perdido; e uma última coisa: se você achar esse post muito longo e ficar com preguiça de ler ou achar meio confuso por causa desse vai-e-vem o tempo todo, eu posso fazer um vídeo resenhando os filmes, que eu acredito ser um pouco mais esclarecedor, então se vocês quiserem um vídeo também comparando as duas versões do filme, me falem aqui nos comentários ou em qualquer uma das redes sociais, beleza?

Agora vamos à resenha de fato:


De início os filmes já tem muita diferença. O filme original começa com Reed (Ioan Gruffudd) e Ben (Michael Chiklis) em frente ao prédio de Victor von Doom (Julian McMahon) para solicitar ao Victor patrocínio para a experiência científica deles. Já na nova versão, o filme se inicia com o Reed (Miles Teller) ainda criança na escola em uma aula em que os alunos devem dizer o que eles querem ser quando crescerem (na nova versão, Reed é chamado de "Richie" por causa do sobrenome "Richards". Eu não sei se eles realmente estavam falando "Richie", ou se eles falavam "Reed" e meus ouvidos me enganaram e eu ouvi "Richie". De qualquer forma, o nome dele aqui vai estar como Reed nos dois filmes para não confundir vocês). Reed diz que quer ser a primeira pessoa na história a teletransportar pessoas e os seus colegas riem dele por acharem isso absurdo. Menos Ben (Jamie Bell). Ben acha a ideia interessante e Reed brilhante ao ver as suas anotações, por isso Ben, que mora em um ferro-velho, começa a ajudar Reed a construir o teletransportador, ainda crianças.
Anos depois, os dois vão a uma feira de ciências mostrar o teletransportador, mas acabando causando problemas e sendo reprovados. No entanto, o Professor Franklin Storm (Reg E. Cathey) vê o experimento deles e se interessa, pois ele e sua filha Susan Storm (Kate Mara) estão trabalhando num mesmo projeto há anos, mas sem o mesmo sucesso que os garotos, pois estes além conseguirem teletransportar os objetos da outra dimensão, conseguiram trazê-los de volta, enquanto eles não conseguiram trazer de volta. Por tal feito, Reed consegue uma bolsa integral na Fundação Baxter em que o Professor Storm é dono – aí já se nota outra diferença com o filme original: no filme de 2005, Reed é o dono da Fundação Baxter, que, por sinal, está caindo aos pedaços e cheio de dívidas e é por isso que ele vai pedir a ajuda de Victor –, Ben volta para casa e Reed acaba conhecendo os outros cientistas da Fundação Baxter, incluindo Victor von Doom (Toby Kebbell) – mais uma diferença: no reboot, Victor é apenas um aluno da Fundação e é protegido pelo Professor Storm, não um empresário multimilionário como no filme original –. Victor é um gênio problemático que não tem os seus sentimentos correspondidos por Sue – outra diferença: no filme original, Victor e Sue (Jessica Alba) já estão namorando no começo do filme, e mesmo depois que eles terminam, Sue ainda tem um carinho por Victor – que depois de muita insistência do Professor Storm, aceita trabalhar no projeto do teletransportador junto dos outros cientistas.
Logo após, é introduzido o personagem de Johnny Storm (Michael B. Jordan) – que tem a personalidade bem parecida com a do Johnny Storm do filme original, mas aparentemente é totalmente diferente. Enquanto no filme de 2005, Johnny é interpretado por Chris Evans, branco, loiro, charmoso e galã, no reboot, ele é interpretado por Michael B. Jordan, negro, magro, bem menos charmoso e não muito galã. Por falar nisso, Johnny é filho biológico do Professor Storm (que também é negro), mas Susan é adotada (o que é perceptível, já que ela é branca e loira como no filme original, apesar de Kate e Jessica serem bem diferentes uma da outra), sendo que no filme original, Johnny e Susan são irmãos biológicos e o pai deles nem aparece no filme.
Continuando com o filme original, enquanto os cientistas vão para o espaço para descobrirem as propriedades de um raio cósmico, no reboot, como foi dito antes, eles usam o teletransportador que os transporta para outra dimensão e essa nova dimensão é como uma Terra primitiva, deserta e cheia de vulcões com lava radioativa. Eles se aproximam daquela lava para descobrir o que e como ela é e então o solo racha e eles correm para não caírem dentro daquela substância, porém o chão começa a rachar muito rápido e Victor acaba caindo dentro daquela lava e os outros garotos não conseguem salvá-lo e acabam o deixando lá, mas enquanto eles estão retornando para o teletransportador, o chão continua a rachar e enquanto Reed e Johnny conseguem entrar na máquina, Ben não consegue fechar a porta e com isso acaba recendo muita radiação. E caso você esteja se perguntando, não, a Susan não estava com eles no teletransportador, ela ficou na Fundação tentando trazê-los de volta, e foi por causa dela que eles conseguem voltar. Só nessa parte, já conseguimos notar mais algumas diferenças: Susan não estava junto dos outros 4 cientistas como no original, o ambiente é totalmente diferente, Ben recebe mais radiação por ter ficado com a porta aberta e tê-la recebido diretamente, enquanto no original, recebe mais radiação porque ele estava no espaço enquanto todos os outros estavam dentro da nave, e Victor fica para trás sendo que no antigo ele retorna junto com os outros, além de não ter tido o (quase) pedido de casamento de Victor para Susan por motivos óbvios: Susan não estava lá, ela e Victor não estavam juntos, entre outros que eu já citei anteriormente.
Agora você deve estar se perguntando "Como a Sue recebeu poderes se ela não estava junto deles?" Bem, quando o teletransportador retorna à base, ele vem cheio de radiação e acaba explodindo, e, como a Susan estava por perto, ela acaba recebendo aquela radiação toda. Quando isso acontece, todos desmaiam e quando acordam, já estão transformados/com poderes – inclui aqui mais uma diferença. No original, eles acordam "normais" e só depois de alguns dias, a mudança aparece. O primeiro a acordar é Reed, e com o corpo todo mole e esticado, ele passa pelos tubos de ventilação e vê todos os outros transformados. Quando ele passa pelo quarto de Ben, os dois conversam, mas sem se verem, e Reed promete que vai reverter isso, e depois foge do local, o que deixa Ben muito irritado/chateado. A partir daí, Susan, Johnny e Ben são mantidos sob custódia do governo e sendo objetos de estudo, além de Ben ser usado como uma ferramenta militar.
Daí em diante, os dois filmes seguem completamente diferentes. Enquanto no primeiro, Ben acaba causando um acidente, mas depois, ironicamente, salva o dia junto dos outros três, e a partir daí se tornam celebridades e tudo mais, no reboot, o foco é somente em voltar ao Planeta Zero (a outra dimensão) para buscar uma cura e derrotar Victor. Claro que achar uma cura e derrotar Victor também fazem parte do filme original, mas várias outras coisas acontecem, se desenvolve a história de cada um, como eles se tornam "O Quarteto Fantástico", a relação entre Reed e Susan, entre outros desenrolares da história, enquanto no reboot, eles, literalmente, focam só em cura e derrotar Victor.
Enfim, retomando a história da nova versão, um ano se passa e Susan finalmente conseguir descobrir a localização de Reed, e eles vão atrás dele para buscá-lo. Ben é quem consegue capturá-lo e ele ainda continua com muita raiva do antigo amigo. De volta ao local onde eles estão "prisioneiros", eles recebem roupas que foram feitas especialmente para eles, adequadas para seus respectivos poderes – mais uma diferença, que é apenas um detalhe, mas que não deixa de ser uma diferença: no original, os trajes deles se adaptaram aos poderes deles quando eles receberam a radiação, como se as roupas tivessem sido transformadas juntos com eles; já na nova versão, foram feitas roupas adequadas para eles –.
Com o retorno de Reed, o Dr. Allen pede para que ele refaça o Portal Quântico (o teletransportador) em troca de financiamento para descobrir uma cura. Depois de um tempo, eles conseguem refazer o Portal e retornam ao Planeta Zero. Chegando lá, eles descobrem que Victor está vivo e muito revoltado por ter sido deixado para trás, mas mais do que isso, ele é mais poderoso do que todos os outros. Por ter se fundido ao seu traje, ele tem poderes de controlar não só o metal, mas qualquer outra matéria, assim como poderes de telecinese e reflexos muito rápidos.
Com todo esse poder e raiva, Victor volta para a Terra com a intenção de destruir o planeta e ser o único sobrevivente e assim viver no Planeta Zero e dominá-lo. Ao voltar para a Terra, ele acaba matando o Professor Storm e o Dr. Allen. Em seguida, Victor volta para a outra dimensão através do Portal com a intenção de por seu plano em prática e, ao chegar lá, abre um portal através do teletransportador que liga o Planeta Zero ao Planeta Terra e assim começa a destruir a Terra. Johnny, Susan, Reed e Ben conseguem se transportar para a outra dimensão e tentam destruir Victor, mas sem sucesso, até que Reed consegue bolar um plano e eles conseguem derrotá-lo e, ao contrário do original, em que ao final do filme se percebe que o Dr. Destino não está morto afinal, no reboot, ele parece estar morto, pelo menos é a impressão que dá (porque não é possível que depois de ser estraçalhado em 1 milhão de pedacinhos, ele ainda esteja vivo, mas enfim).
Logo depois, o Quarteto volta para a Terra e percebe que eles acabaram de salvar a humanidade e decidem que não querem mais se curar, que eles vão utilizar seus poderes para ajudar as pessoas e acabam pedindo (lê-se forçando) o governo a dar um laboratório para eles e não explorá-los de nenhuma maneira, e com isso, eles recebem um laboratório meio que secreto com o nome de "Central City" (deixe-me fazer um parêntese nisso. Eu fiquei meio WTF?? porque Central City é o nome de uma cidade onde existem outros heróis/vilões da Marvel, então eu não entendi o porquê desse nome, mas ok. Prossigamos). Mais uma diferença nessa cena é que ninguém, exceto o governo, sabia que eles haviam salvado os seres humanos e a Terra, e no original, a luta do Quarteto com o Victor é pública e muita gente vê e todas as pessoas ficam sabendo, além de que, desde a metade do filme, o Quarteto Fantástico já era conhecido publicamente e eram "celebridades", e nesse, eles decidem se tornar o Quarteto Fantástico no último minuto do filme, literalmente. E é assim que o filme acaba.


Dando a minha opinião agora: eu sei que o filme foi bombardeado de críticas negativas, mas eu não o achei tão ruim. Confesso, eu prefiro a versão de 2005, porque, para mim, é muito mais bem elaborada, a história muito melhor desenvolvida, tem um aprofundamento muito maior dos personagens e suas histórias.
Algumas coisas que eu amo no original e não têm no reboot é a relação do Reed com a Susan, que mostra a reaproximação dos dois, eles se apaixonando novamente e o Reed pedindo a Susan em casamento no final do filme, o que não acontece nada disso no novo filme. Rola apenas um "climinha" e umas trocas de olhares entre a Sue e o Reed, mas não passa disso, então sim, eu senti muita falta do OTP nessa versão. Outra relação que eu amo no original é a do Johnny com o Ben: como o Johnny vive irritando e pirraçando o Ben, as brigas dos dois, mas que no fundo, todo mundo sabe que eles se amam, e isso não tem no novo, já que o Johnny e o Ben mal se conhecem, e sim, eu também senti muita falta disso porque eu amo rir com as cenas do Johnny e do Ben no original.
Falando no Johnny, também senti muita falta do Johnny do filme original, pois ele é bem mais divertido, engraçado, brincalhão, convencido e petulante. Não que o Johnny de agora não seja, mas ele é bem menos do que o anterior.
Outra coisa que eu senti falta é que, no original, a história do Ben é bastante explorada, mostra a (ex) noiva dele, a crise que ele tem por ter virado uma montanha de pedras, o forte desejo de voltar a ser quem ele era, a história dele com Alicia Masters, a artista cega, entre outros. Obviamente, no novo, mostra a crise dele por ter virado pedra e o desejo de ser como antes, mas é bem mais sutil.
Outro motivo que me faz preferir o original ao reboot é o elenco. Não que o elenco novo seja ruim, mas eles são bem jovens (e mostram um Quarteto Fantástico muito mais jovem) e não tem toda aquela bagagem para fazer atuações espetaculares como os atores originais (não quero dizer que idade mede talento, mas, no caso deles, eles demonstram ter menos desenvolvimento da atuação), além de que eu acho que os atores originais representam muito melhor os personagens do que os novos. E como eu disse antes, o filme original tem muito mais desenvolvimento. Os acontecimentos da primeira metade do filme original é a história toda do reboot.
Mas uma coisa do reboot que, evidentemente, é melhor do que o original são os efeitos especiais, até porque, em dez anos a tecnologia avançou muito e fez os filmes de ação e principalmente ficção científica parecerem muito mais reais. O corpo do Coisa, por exemplo, parece mesmo ser um amontado de rochas, você chega a sentir uma agonia.
Infelizmente, uma coisa que eu não posso opinar é qual das duas versões se parece mais com a versão dos quadrinhos, já que eu nunca os li (chora), mas pelos comentários que eu li, o primeiro filme se parece mais.
Enfim, eu, particularmente, não achei o filme tããão ruim assim como a maioria achou. Poderia ter sido melhor, mas também poderia ter sido pior, porém, se eles fizerem uma boa continuação – que a propósito, já foi confirmada – o filme ainda pode ser salvo. O fato do filme não ter sido tão bom é que a Fox comprou os direitos do filme da Marvel, então foi a Fox que produziu e montou do jeito que lhe apeteceu melhor, sem se preocupar com a fidelidade com a Marvel, já que esta não estava responsável pelo filme. Concluindo, nem bom, nem ruim, apenas razoável. De qualquer forma, acho válido assistir ao filme para cada um tirar suas próprias conclusões.

Minha nota: 7.2/10

Mariah Clara.

Nenhum comentário:

Postar um comentário